Ola pessoal,
estou de volta para contar a nossa aventura na meia maratona do Rio de Janeiro.
Bom, tudo começou com a viagem. Combinamos de sair as 5:30 da matina. Pensei comigo: O André não acorda nem a pau…
Cheguei na casa dele (eu e a Bela) as 5:30 em ponto. Adivinhem?!?!
O André estava prontinho e com as malas na mão. Mas em compensação a Renatinha estava ainda no banho KKKKKKKKK Fazer o que né. mas até que ela saiu rapidinho. As 5:45 estávamos a caminho da cidade maravilhosa.
Estrada tranquila. Paramos para comer no Cupim (que decadência, lá era muito legal está meio abandonado. Mas o pão continua uma delícia). A dupla, André e Ranata, dormiram quase o tempo inteiro KKKK, e eu fui conversando com a Bela (aliás companheirona de todos os momentos. Atá a dissertação de mestrado tem me ajudado muito hehehe).
Chegamos no Rio por volta de 11:00 hs e fomos direto buscar o Kit da corrida. Uma fila gigante.
Fila para pegar o Kit
Bela e EU
André e Re
Pegamos o Kit e já temos nosso numero de corrida. O meu é o:
Aí começam as coisas que só acontecem com o André. Depois de pegarmos o Kit, vimos no stand da Adidas que estavam fazendo teste de pisada para escolha do melhor tênis para sua pisada. O André quis fazer. Fomos então para lá. Um calor de matar.
Ao chegar ao stand, uma fila grande para fazer o teste. Como no Brasil fila é festa, em aparece uma Senhora, que viu a fila, e entrou. Queria fazer também. Mas não sabia nem o que era. Aí ela viu que todos estavam sem sapato, tirou o sapato dela e foi para frente da fila. Afinal maiores de 65 tem prioridade. Justo na frente de quem ela foi entrar????
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
A dona não entendia nem a pau que deveria passar correndo pela placa que estava no chão e pisar, cada hora com um pé, para medir a pisada. Daí me solta a pergunta: – “Mas eu tenho que ir com os dois pés?”
O André, logo atrás, não podia perder esta oportunidade e responde:- “isso mesmo, a Sra. junta os pés, vai correndo igual um canguru e pisa naquela plaquinha alí no chão. Mas não vai embora correndo não pois a bolsa e sandália da Sra. estão comigo” KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Olha o detalhe da bolsa e sandália na mao hehehe...
Bom, depois de rir muito fomos embora para o hotel, pois a esta altura já era 1:30 da tarde.
Chegamos ao hotel e o Rio realmente nos reserva belezas demais. A visão do quarto é nota 1000. Da uma olhada.
Fomos então almoçar, nós quatro e mais minha mãe e pai que estavam no Rio desde sexta feira. Vieram acompanhar a nossa corrida. O Almoço excelente. Peixe com camarão. Bem Ligth para nao pesar no dia seguinte.
Passeamos pelo Shopping da Barra, algumas compras e volta ao Hotel para descanso, afinal a corrida pesada estava nos esperando. A noite uma bela macarronada para dar forças para corrida.
Enfim o grande dia. A corrida é as 9:00, mas acordo cedo para seguir as orientações da nutricionista. O café deveria ser até no máximo as 7. Salada de frutas com granola, iogurte, mel, pão integral com queijo frescal e uma fatia de peito de peru. Mandei ver.
Tudo pronto, comida no papinho, trocar de roupa, pegar relógio (que afinal é novo e tem até GPS), ipod, boné, energético, etc. Uma verdadeira armadura.
A Bela e a Re (dirigindo) nos levaram até a praia de São Conrado para largada. Tudo pronto. Isso já devia ser 8:15. Lá estamos nós.
Novinhos na largada, aguardem a chegada kkkk
Como diria a Luiza minha filha, meu povo, a gente viu de tudo. Tinha nego que ia casar naquele dia e esta correndo, o casal, vestidos de terno e vestido de noiva. Carmem Mirando, Louro José, caveira, um cara todo vestido de macacão vermelho, capacete e uma faixa escrita: “O Felipe é massa. Correr também é” KKKKKKKKKKKKKKKKK. Equipes de corrida, profissionais, velhos, meninos, nós KKKK tem de tudo.
O maior para mim foi o homem árvore. O cara correu vestido de árvore, com vários papagaios e araras pelo corpo. Vejam pela foto:
Foto tirada na chegada pela Bela. O cara correu tudo KKKKK
Bom, estávamos lá nós dois. Lotado, um calor ameno, ainda bem, pois no Rio quando faz calor mata. Ouvimos então a sirene. Largada as em ponto. Todo mundo correndo para aparecer na Globo. KKKK Nós lá do outro lado da câmera. Não deu para aparecer desta vez.
Lá fomos nós. Os primeiros Km, subida da Niemayer. Muito gente, empolgação total. André ao meu lado e nós dois com medo de sentir as lesões que tivemos semanas antes da corrida. Mas tudo foi bem até aqui. Quase no final da subida, mais ou menos 1 Km e meio, o André começou a ficar para trás. Como ele havia me dito que se sentisse iria abandonar a prova, pensei que pudesse ser isso o que estava acontecendo. Assim fui a partir deste ponto sozinho pela corrida afora. Muito legal o povo do Rio. Várias pessoas no morro saudando, tocando samba, uma verdadeira festa para nós que passávamos correndo.
Na entrada de Ipanema, o primeiro posto de água. Opa, vamos lá, bebe água e concentra na corrida. Vamos nós. Aqui já temos 3 Km de corrida. Falta apenas 17 hehehe…
No meio da praia de Ipanema, o Leo, treinador do Minas me pega e começa a correr do meu lado para saber se estava tudo OK. Bem. Falei para ele. Passadas instruções lá foi ele em sua corrida. Legal isso , da uma força extra para nós iniciantes.
Entre Ipanema e Copacabana outro ponto de hidratação. Aproveitei para tomar o primeiro energético, pois a nutricionista indicou um a cada 40 minutos. Na entrada de copacabana estávamos em 8 Km mais ou menos e com 48 minutos de corrida. Em copacabana outro visual muito bonito. Muita gente assistindo a corrida e incentivando a todos nós.
Saindo de copacabana, me deu uma animação em vão. Pensei: Beleza, vamos agora entrar no aterro e já estaremos no fim. Bom demais. Aí vieram alguns percalços no caminho e minam aos corredores e que me pegaram de jeito. Primeiro entramos no túnel que sai de copacabana e sai em frente ao Rio Sul (Shopping). Numa boa, nunca passei tanto calor na minha vida. Parece que entramos em uma sauna seca e temos que continuar correndo. Muito ruim, pouca luz, muito gente, carros e ônibus passando e um calor infernal. O que ajudou foi que todos que lá estavam começaram a bater palmas para incentivar uns aos outros. Muito legal a cena.
Ao sair do Túnel, tomamos Gatorade. Hora de mais um energético, pois suei demais e a coisa começou a pegar. Problemas. Não dava para beber o Gatorade e correr, pois entornava deamais. Então um pequeno trote para beber o copo. E lá vamos nós. Outro Túnel, desta vez menor. Mas o calor pega novamente. Enfim o aterro.
Aqui o psicológico pega a gente. Como estamos quase no fim já estamos pensando no final. Mas estamos ainda no Km 13 mais ou menos e ainda faltam 8 Km pelo aterro. Muito abafado. A gente ve a chegada do outro lado da rua e pensa: Nó, ainda tenho que ir lá na frente para voltar e chegar logo alí. 😦 Que tristeza. Começa as idéias que não vai dar. O abatimento vem. Aí pensei em tudo que passei para estar ali e disse a mim mesmo: deixa de frescura e vamos. Cabeça erguida, continuo pelo aterro.
Quando chego no Km 17, outro posto de hidratação. Não tenho mais energético. As forças acabando. Tive que parar para pegar copo novamente. Fila. parei e fui andar para tomar sem entornar. Problema. As pernas não voltavam a correr. Pareciam pesar 200 kg 😦
Comecei a andar rapidamente para ver se saia desta. Não ia. Dificuldade tremenda para correr. A cabeça a 1000. Não é possível. Vou parar?
Aí começam as coisas bacanas de corrida. Uma menina do Minas me viu com a camisa da equipe, vendo a minha dificuldade, colocou a sua mão em minhas costas e disse: – “Não desista. Estamos perto do fim” Me deu um empurrãozinho e me chamou: -“vamos trotando juntos para terminar”. Que benção. Apesar de devagar as pernas começaram a se soltar novamente. Iniciei a corrida para o final.
Vi outro ponto de água. Peguei 2 copos, tomei um e joguei o outro na nuca com gelo. Vai no Ipod e coloco um Iron Maiden na maior altura para dar uma força maior. Alegria total. A força voltou. Não sei de onde tirei a força para terminar a corrida. Mas lá vou eu. Correndo em busca do fim.
Ao retornar para o final estava no Km 18,5. Quando chego no Km 19, olho para o outro lado, as pessoas ainda vindo para virada. Quem eu vejo? André. Com a sua perna com lesão e uma garra para chegar. Dei um grito pela alegria de ver que ele também iria terminar. – Vamos lá André. Força cara. Estamos no fim!!!!!!!!
Olhei para frente a placa de 20 Km. A emoção tomou conta. Já nem sentia mais nada. Só buscava a cara das pessoas que sabia que estavam lá: Bela, Re e minha e mãe e pai que foram para chegada na maior animação.
Ao sair de trás de uma ambulância que levava uma pessoa que não conseguiu acabar, vejo a chegada. Vou em direção a ela. De repente escuto: “Aí cépinha!!!!” Essa pronuncia só podia ser de uma pessoa. Renata. Estou realmente chegando. Olho para o lado e lá estão eles. Uma alegria incontida, minha e deles. Minha mãe abana o lenço. Bela tirando fotos. A Re pulando na cerca. E GOP, de tanto alegria não conseguia nem tirar as fotos que queria.
Eu só consegui erguer a mão para comemorar. Acenei para eles e ainda tinha que chegar. Enfim a chegada. 21 Km e 2:20 h após a largada, acabado. Mas numa alegria danada. Um mixto de choro e um berro no fim. CHEGUEI!!!!!!!!
Nada explica esta emoção. Adrenalina a 1000!
Chegada 2:20 horas depois da largada
10 minutos depois, lá vem ele, André, com distensão, e alegria incontida. Me alegria se completa. Ele também conseguiu. Afinal ele me colocou nas ruas. Grande Companheiro!!!!
André na chegada
Aí foi só festa. Minha mãe com camisa de mãe coruja. Bela toda emocionada pela minha chegada. A Renata fazendo festa com André e GOP com todos os dentes para fora de alegria de ver que conseguimos mais esta.
Super Mãe KKKKKKK
Carinho de PAI. Tudo de bom!
Estilo Ussain Bolt - Sem limites para felicidade!
Além de tudo um visual lindo do Rio!
Só posso agradecer o carinho e cuidado da Bela! Você é 10.
Re, vc também é especial. Valeu mesmo.
Essa merece um destaque!
Por fim abro este epaço para agradecer as pessoas que me ajudaram a pegar esta medalha:
1) Deus. Ele sempre nos mostra que podemos mais. Com ele não temos limites. Valeu meu Deus. Muito obrigado por tudo.
2) Mãe e Pai. Exemplos de vida. As vezes me perguntam de onde vem esta garra. Basta ver a história desta dupla. Vocês são verdadeiros campeões. Valeu pelo carinho que sempre me deram e pela dedicação do dia a dia. Afinal, nos piores momentos estão sempre ali me colocando para cima.
3) Lu e bebela. O Pai não tem palavras para falar a vocês. No momento que me faltam forças pensar em vocês me faz ver que a vida sempre vale a pena. o Pai ama vocês demais!!!
4) Cepa. Falar para você é foda. Você é muito mais que irmão. Não existe no mundo ou dicionário uma palavra para defini-lo. Acho que nem o Collor acha uma. Vc é tudo meu irmão. Obrigado pelo carinho de sempre.
5) Ana Paula: No momento mais difícil em minha vida nossas conversas me ensinaram muito. Valeu pelos cafés da manhã. Eles me fizeram erguer a cabeça e ir em frente.
6) Marcelão: Cara, você é o cara. Topou o desafio de me colocar para correr. Olha onde estamos amigo. Arruma tempo aí que iremos bem mais longe. Obrigado pela dedicação e carinho gratuitos. Isso é raro hoje em dia. Valeu mesmo.
7) Juliana Nutricionista: Valeu pela força e pelas dietas. Você é sensacional. Estaremos sempre por aí para conversas de Colt 🙂 Obrigado mesmo.
8) Ao pessoal da academia: Valeu pela força. Mesmo com as dores chegamos! Valeu pela reza em grazi!!!
9 ) Jane Amélia: Suas orientações nos mostram que a vida se resume às pequenas coisas . Com isso a alegria está de volta. Você mata a pau. Parabéns pelo profissionalismo e amizade.
10) André e Re: Outras pessoas difícil de agradecer. Saibam que me pegaram no fundo do poço e me mostraram que o caminho para alegria existe. Valeu demais.
11) Bela: Todo carinho e cuidado me mostram que Deus sempre nos reserva surpresas agradáveis, mesmo nos piores momentos da vida. Você me trouxa de volta a alegria. Sua companhia em corridas me força para ir além. Espero que me acompanhe em breve nas corridas. Só posso dizer OBRIGADO por ter aparecido.
Enfim, depois de tudo, Obrigado também a todos que torceram por mim em silêncio. A força de vocês também foi importante para chegar lá.
Não pensem que parei por aqui. Domingo agora já temos outra.
VAMOS EM FRENTE – DEZEMBRO TEM VOLTA DA PAMPULHA.
VALEU…
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